segunda-feira, 11 de maio de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

Pedro Abrunhosa, sobre os Professores


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A contínua hostilização aos professores feita por este, e outros governos, vai acabar por levar cada vez mais pais a recorrer ao privado, mais caro e nem sempre tão bem equipado, mas com uma estabilidade garantida ao nível da conflitualidade laboral.

O problema é que esta tendência neo-liberal escamoteada da privatização do bem público, leva a uma abdicação por parte do estado do seu papel moderador entre, precisamente, essa conflitualidade laboral latente, transversal à actividade humana, a desmotivação de uma classe fundamental na construção de princípios e valores, e a formação pura e dura, desafectada de interesses particulares, de gerações articuladas no equilíbrio entre o saber e o ter.

O trabalho dos professores, desde há muito, vem sendo desacreditado pelas sucessivas tutelas, numa incompreensível espiral de má gestão que levará um dia a que os docentes sejam apenas administradores de horários e reprodutores de programas impostos cegamente.

(…)

O que eu gostaria de dizer é que o meu avô, pai do meu pai, era um modesto, mas, segundo rezam as estórias que cruzam gerações, muito bom professor e, sobretudo, um ser humano dotado de rara paciência e bonomia. Leccionava na província, nos anos 30 e 40, tarefa que não deveria ser fácil à altura: Salazar nunca considerou a educação uma prioridade e, muito menos, uma mais-valia, fora dos eixo Estoril-Lisboa, pelo que, para pessoas como o meu avô, dar aulas deveria ser algo entre o místico e o militante.

Pois nessa altura, em que os poucos alunos caminhavam uma, duas horas, descalços, chovesse ou nevasse, para assistir às aulas na vila mais próxima, em que o material escolar era uma lousa e uma pedaço de giz eternamente gasto, o meu avô retirava-se com toda a turma para o monte onde, entre o tojo e rosmaninho, lhes ensinava a posição dos astros, o movimento da terra, a forma variada das folhas, flores e árvores, a sagacidade da raposa ou a rapidez do lagarto. Tudo isto entrecortado por Camões, Eça e Aquilino.

Hoje, chamaríamos a isto ‘aula de campo’. E se as houvesse ainda, não sei a que alínea na avaliação docente corresponderia esta inusitada actividade. O meu avô nunca foi avaliado como deveria. Senão deveria pertencer ao escalão 18 da função pública, o máximo, claro, como aquele senhor Armando Vara que se reformou da CGD e não consta que tivesse tido anos de ‘trabalho de campo’. E o problema é que esta falta de seriedade do estado-novo no reconhecimento daqueles que sustentaram Portugal, é uma história que se repete interminavelmente até que alguém ponha cobro nas urnas a tais abusos de autoridade.

Perante José Sócrates somos todos um número: as polícias as multas que passam, os magistrados os processos que aviam, os professores as notas que dão e os alunos que passam. Os critérios de qualidade foram ultrapassados pelas estatísticas que interessa exibir em missas onde o primeiro-ministro debita e o poviléu absorve.
(…)

Pedro Abrunhosa

sábado, 9 de maio de 2009

Dia da Europa

Tendo em conta que uma boa fatia das leis que nos regem têm por base as decisões do Parlamento Europeu, escolher quem "mandar para Bruxelas" é tão importante quanto escolher o Primeiro Ministro que nos vai levar ao desespero.

Para os mais indecisos podem ficar mais esclarecidos em http://euprofiler.eu/




Vote, nem que seja em Branco!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Circo sem Animais!


Igualdade

E na sequência do ultimo post...

Está a ser desenvolvido um estudo sobre discriminação em função da orientação sexual e da identidade de género , que faz parte de um trabalho de investigação financiado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) sob a tutela da Presidência do Conselho de Ministros.

Se é Transsexual/Transgénero, bissexual ou homossexual (lésbicas/gays), por favor, responda ao questionário aqui: http://estudopoplgbt.blogspot.com/

Este estudo contempla igualmente outra pesquisa, dirigidas a pessoas heterossexuais. Se é o seu caso dirija-se a: http://estudoideiaslgbt.blogspot.com/

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Movimento Pela Igualdade

"Movimento pela Igualdade". Assim se chamará o movimento a favor do casamento civil homossexual, que está a ser preparado por vários grupos LGBT, com o apoio de sindicatos e outras associações da sociedade civil. (ver aqui)

A atitude é de louvar.
Já o facto de serem precisos movimentos assim para garantir iguais direitos a tod@s @s cidad@s, é deveras lamentável!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

No dia do Trabalhador do País de Sócrates

...há celebrações um pouco por todo o país. Celebra-se:

1 milhão de trabalhadores a recibos verdes?
60 mil jovens licenciados desempregados?
500 mil inscritos nos centro de emprego?
Desconhecido numero de jovens em estágio não remunerados?
As precárias condições de trabalho?
Os salários miseráveis?
A baixa qualidade de vida
O consequente aumento de problemas sociais?
O Desemprego?
A Corrupção?
A inacessibilidade à habitação?
As dificuldades de acesso à educação?


Sócrates e Vieira da Silva

Eles divertem-se e nós ficamos a ver, ou a celebrar...